Os novos desafios do século XXI requerem cidadãos críticos e autônomos, o que exige que a escola vá além da formação intelectual. Assim, o papel da escola é preparar o aluno nas mais diferentes áreas formativas.
É no ambiente escolar que o aluno começa a socializar com outras pessoas e desenvolver habilidades fundamentais para toda a vida. Assim, a escola pode não ser a única responsável por formar um cidadão, mas deve oferecer o devido suporte para que ele se torne ético e exerça a cidadania. Continue a leitura para entender melhor.
5 pontos que ajudam a esclarecer o papel da escola na formação do aluno
A escola é um ambiente que deve ir além da formação intelectual, afinal, as relações sociais e o mercado de trabalho pedem cidadãos com diversos tipos de atributos. Logo, todos os responsáveis pela formação de uma criança — incluindo a escola — devem prepará-la para a vida. Veja a seguir!
1. Contribuir com a formação política e cidadã
O aluno de hoje será o adulto de amanhã. Por isso, ele precisa estar ciente dos seus direitos e deveres. Dessa forma, o papel da escola é formar cidadãos conscientes, que entendem o funcionamento da sociedade em que vivem e buscam formas de melhorá-la.
Assim, a escola precisa ensinar ao aluno a importância das regras e leis para a convivência em sociedade, e qual a importância de respeitar os direitos do outro. Além disso, precisa oferecer instrumentos para que os alunos possam cobrar os próprios direitos e, assim, ajudar a construir uma sociedade mais justa.
Tratando-se das turmas do Ensino Médio, o papel da escola em formar cidadãos com consciência política é ainda mais importante. Isso porque a maioria desses alunos estão aptos a votar e contribuir com a construção do futuro do país.
2. Desenvolver o pensamento crítico
As redes sociais cada vez mais incentivam o debate e as discussões de ideias, já que é possível expressar opiniões para milhares de pessoas com apenas alguns cliques. Ademais, os chamados influenciadores digitais exercem grande influência na vida dos jovens de hoje — tanto de forma positiva, quanto negativa.
Com isso, também é papel da escola estimular o pensamento crítico dos alunos para que eles saibam questionar e tirar as próprias conclusões de informações encontradas online de forma independente.
Isso contribui ainda para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais importantes para convívio dentro e fora da escola, além de formar cidadãos, éticos e que participam ativamente para o bem estar social. Inclusive, a educação midiática é apontada como uma solução para desenvolver o pensamento criativo em um mundo cada vez mais digital.
Leia também: Entenda o que é escola interativa e quais são os principais benefícios
3. Apresentar a importância do respeito à diversidade
Vivemos em uma sociedade plural, com pessoas de diferentes raças, culturas e habilidades cognitivas. Cada pessoa é única e, por isso, o papel da escola é apresentar a importância do respeito às diferenças, sejam elas quais forem. Isso deve ser feito desde o início da vida escolar.
Incentivar o respeito em sala de aula é um ótimo caminho de combate ao bullying, pois a maioria das vítimas sofrem agressões por serem vistas como “diferentes” pelos colegas. Além do mais, a escola precisa ser um ambiente inclusivo, que ofereça educação de qualidade para alunos com diferentes necessidades de aprendizagem.
A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ressalta que “a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades”.
4. Estimular as habilidades socioemocionais
O aluno precisa entender e lidar com as próprias emoções e com a dos outros. Isso significa que também é papel da escola estimular as competências socioemocionais. A própria BNCC estabelece um conjunto de habilidades sociais e emocionais que devem ser desenvolvidas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, tais como autogestão e tomada de decisão responsável.
Dessa forma, a escola contribui para a formação integral do aluno nas mais diferentes áreas formativas: social, acadêmica e profissional, ajudando-o a encarar os desafios da vida.
As habilidades socioemocionais são importantes para formar adultos responsáveis e empáticos, que respeitam o próximo e sabem gerenciar as emoções, em vez de descontar nos outros.
5. Preparar o aluno para ser um cidadão autônomo
As formas tradicionais de ensino colocam o aluno apenas como um mero receptor de conteúdo e não prepara esse estudante para se tornar um adulto independente. Assim, a educação tem questionado esse modelo e passou a utilizar as metodologias ativas de aprendizagem, que colocam o estudante como um agente ativo na sala de aula.
Formar cidadãos autônomos também é papel da escola, sobretudo nas turmas do Ensino Médio. Afinal, o aluno precisa aprender desde cedo sobre responsabilidade, para assim pensar com clareza sobre as decisões tomadas ao longo da vida e no peso de cada uma delas.
Como a escola pode contribuir para a formação integral dos alunos?
Como você viu neste post, o papel da escola não deve ser voltado apenas para conteúdo de português e matemática. Mas, como contribuir para a formação integral dos alunos? É o que você vai entender a seguir.
Realizar ações de voluntariado
Para desenvolver a empatia e o respeito às diversidades, a escola pode realizar ações de voluntariado com os alunos, como arrecadação de brinquedos e livros para serem doados para uma instituição, ou montagem de uma horta comunitária. Ademais, para fortalecer o vínculo entre escola e família, os familiares podem participar dessas ações.
Além do mais, fazer com que os alunos tenham contato com o mundo exterior contribui para a construção de uma bagagem cultural e social bastante rica, com um aprendizado mais plural.
Apresentar culturas e realidades diferentes
Apesar do Brasil ser um país multicultural, é possível que os alunos permaneçam em uma bolha e não conheçam as diversidades que fazem parte do nosso País. Por isso, é papel da escola atuar para romper barreiras socioculturais.
Para isso, a escola pode acrescentar no plano pedagógico o ensino de culturas diferentes, seja no quesito religioso, linguísticos, valores, etc. Essa ação pode ser feita de forma lúdica, que desperte engajamento e interesse dos alunos.
Por exemplo, a turma pode ser dividida em grupos, onde cada um será responsável por apresentar os costumes e tradições de um povo, seja de dentro ou fora do País.
Incentivar a criação de grêmio estudantil
Um grêmio estudantil é responsável pelos interesses da turma. Como os representantes precisam ser escolhidos por meio de votação, essa é uma ótima forma de estimular o lado cidadão dos estudantes.
Com o grêmio estudantil, o aluno terá a quem recorrer quando algo na sala de aula não acontecer como deveria, e poderá debater ações, junto com a turma, para melhorar o ensino.
Ao mesmo tempo, o estudante pode entender qual é o seu dever como aluno. Para isso, a direção da escola pode, por exemplo, pedir para que o grêmio solicite que os alunos façam menos barulho quando a sala estiver sem professor, para não atrapalhar as turmas do lado.
Entender qual o papel da escola é um caminho para elaborar um currículo pedagógico que contribua para a formação de cidadãos mais bem preparados para os desafios da vida.
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