Está considerando uma mudança de escola para seus filhos? Esse processo pode deixar pais e alunos apreensivos e ansiosos, já que adaptar-se ao novo nem sempre é tarefa fácil.

Essa troca de ambiente pode causar intenso sofrimento nos pequenos, que estão deixando amigos para trás sem saber se terão espaço para criar novas amizades na escola. 

Por isso, é essencial que a família dê todo o apoio necessário para que esse período seja vivenciado de forma saudável e sem sofrimento para o aluno. Se você precisa de suporte para lidar com essa situação, confira 7 dicas de como auxiliar uma criança durante a mudança escolar.

7 dicas para tornar o processo de mudança de escola acolhedor

Independente dos motivos que levaram a mudança dos filhos de escola, o processo pode se tornar mais acolhedor com algumas dicas, que abordamos em detalhes abaixo.

1. Prepare o aluno o quanto antes para a mudança de escola 

Após analisar a situação, foi decidido em conjunto que é hora de trocar de instituição de ensino? Essa decisão deve ser explicada o quanto antes para a criança, sem esconder fatos ou criar falsas ilusões. 

Com isso, ela terá mais tempo para digerir a situação e aceitar o novo desafio antes do retorno das aulas. Desde o momento que antecede a mudança de escola, é essencial que a família passe segurança à criança. 

É preciso informar que mudanças fazem parte da vida e que a família estará presente durante todo o processo.

2. Envolva o aluno no processo de escolha da nova escola

É importante que a criança participe do processo de mudança de escola, mesmo que a decisão final seja da família. Isso significa que ela pode ter voz ativa na escolha da nova instituição de ensino. Isso vai ajudar a criança a desenvolver autonomia e responsabilidade desde cedo. 

Ademais, ela tende a ter maior segurança quando sente que suas necessidades foram ponderadas. Para isso, a família pode fazer uma lista de instituições de ensino previamente analisadas e convidar a criança para visitar essas unidades. 

Essa tarefa pode ser complicada em alguns casos, como uma mudança de cidade, mas ainda assim é importante que a criança participe ao máximo do processo. Nesse caso é possível, por exemplo, fazer uma visita virtual ou mostrar vídeos da instituição aos pequenos. 

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3. Mantenha um diálogo aberto 

Manter um diálogo aberto é fundamental para uma mudança de escola menos traumática para ambos lados. Para isso, a família precisa deixar claro que a criança pode expressar seus sentimentos e emoções antes, durante e depois do início das aulas.   

Ademais, quando o aluno começar a estudar na escola nova, a família precisa demonstrar interesse e engajamento na rotina escolar. Ela pode, por exemplo, perguntar se:

  • ele fez novos amigos;
  • como são as aulas;
  • o que ele achou dos professores;
  • qual novidade essa escola oferece, que as antigas escolas não tinham. 

Também é válido ajudá-lo a arrumar os materiais escolares e levá-lo à escola. 

Contudo, é importante que a criança tenha segurança para relatar também os aspectos negativos da mudança da escola, para que a família possa intervir e oferecer o suporte necessário. 

Ou seja, o diálogo deve ocorrer sem que haja pressão para que o aluno diga apenas o lado positivo da nova rotina.

4. Incentive o aluno a participar de atividades extracurriculares

Após a mudança de escola, a família pode verificar quais atividades extracurriculares são oferecidas pela unidade de ensino que podem interessar à criança. Além de auxiliar no desenvolvimento de habilidades, isso ajuda o aluno a ter um contato maior com o novo ambiente escolar. 

Ademais, caso a criança tenha participado de atividades extracurriculares na antiga escola, a família pode verificar se a nova unidade oferece as mesmas opções. Do contrário, pode-se avaliar se outra unidade de ensino tem algo parecido. 

Dessa forma, a criança continua a ter parte da rotina de antes e se sente mais confortável com as mudanças.

5. Estimule a manutenção dos vínculos de amizade da antiga escola

O medo de se sentir sozinho, longe dos amigos e colegas de turma, pode ser um dos principais causadores de ansiedade e angústia da criança durante o processo de mudança escolar. 

Por isso, é essencial que a família estimule a manutenção dos vínculos de amizade criados na antiga escola. 

Que tal conversar com a família dos amigos da criança e explicar que deseja manter o contato entre eles? Ou chame os amiguinhos da antiga escola para brincar em casa ou fazer um passeio divertido.

Já para as famílias que estão mudando de cidade, o contato pode ser um pouco mais complicado. Para amenizar a situação, a família pode fazer videochamadas com os antigos colegas para que eles possam conversar e contar as novas aventuras.  

Apesar dessas ações, a família também precisa deixar claro para a criança que ela pode fazer outros amigos na escola nova. Além disso, estimule a socialização fora do espaço escolar, como eventos que tenham outras crianças.

6. Não faça várias mudanças ao mesmo tempo

Durante o processo de mudança de escola, a família precisa dar espaço para que a criança processe sua nova realidade. Dessa forma, evite fazer outras mudanças durante esse período, como trocar de quarto e mudar a alimentação. 

Já quando a troca de escola está ligada a ida para uma nova cidade, toda a rotina da criança precisa ser alterada. Para isso, a família pode tentar fazer uma mudança de cada vez, ou manter mais conversas com a criança sobre os próximos rumos desse novo desafio. 

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7. Seja paciente com a criança 

O processo de adaptação na mudança escolar pode durar dias ou meses a depender da criança. Por isso, é essencial que toda a família tenha paciência nesse período

Por causa do estresse, a criança pode ter crises de choro, não querer ir à escola, ou até mesmo ter sintomas físicos, como dores de estômago e febre. A família não pode ignorar as reações da criança ou achar que é fingimento. É preciso ouvir e acolher as angústias que possam surgir. 

Se a família enfrentar dificuldades durante o processo, é necessário buscar apoio da nova escola por meio de orientadores ou psicopedagogos. Em último caso, pode ser preciso buscar auxílio de um psicólogo infantil, caso a criança demonstre sinais intensos de angústia e ansiedade. Gostou deste post sobre como apoiar os filhos na mudança de escola? Para mais conteúdos sobre educação, acesse o blog da Plataforma AZ e nossas redes sociais (Instagram/Facebook/YouTube).