Programação gratuita reuniu personalidades como Leandro Karnal, Ricardo Amorim, Chaim Zaher, Maria Helena Guimarães, Bernardinho, entre outros.
Reunindo mais de 30 mil pessoas, a Bett Brasil 2022 apresentou muitas novidades, inovações e conteúdo, além de importantes trocas de experiências entre especialistas e educadores de todo o país. A Plataforma AZ marcou presença no evento, que aconteceu entre os dias 10 e 13 de maio, em São Paulo, e surpreendeu o público com atrações inéditas e relevantes.
Entre os destaques, o famoso metaverso, ganhou uma versão divertida e pensada com exclusividade para a feira. O AZVerso, um ambiente imersivo de realidade virtual levou o visitante a uma aprendizagem divertida e bilíngue, unindo o esporte, a arte e a sustentabilidade.
“Nos últimos anos, tivemos uma aceleração na transformação digital prevista para a educação, que ampliou as possibilidades de aprendizagem. Nossa ideia foi apresentar uma tendência para o futuro, que estimula o senso de descoberta, a interação e a socialização por meio de ambientes virtuais e colaborativos. Chegamos assim a uma educação mais alinhada com os desafios que o aluno do século XXI encontrará em seu futuro e no mercado de trabalho”, comenta Sandro Bonás, CEO da Conexia Educação.
Reforçando o seu papel de auxiliar e capacitar educadores e gestores na jornada de transformação digital da educação, o AZ promoveu talks gratuitos e exclusivos com a presença de grandes nomes da atualidade em temas relevantes para o setor. Confira!
Leandro Karnal e a educação na era digital
Literalmente parando os corredores da feira, Leandro Karnal foi uma das grandes atrações do estande AZ. O professor e escritor levou toda a sua expertise para centenas de educadores que lotaram o espaço a sua espera, duas horas antes do horário marcado.
Em seu talk, Karnal iniciou falando sobre as grandes mudanças da história mundial, sobre a pandemia e a resposta de pais, alunos e escolas frente às dificuldades dos dois últimos anos.
“Inicialmente a pandemia foi um susto. Depois tudo ocorreu de forma sistemática e enfrentamos essa dificuldade. As escolas deram a melhor resposta e se adequaram buscando cursos e capacitações para usar as tecnologias, e essa mudança fez com que surgisse uma nova indisciplina nos alunos: eles desligaram suas câmeras para não serem visto em aula. Neste sentido, precisamos reforçar o papel importante da escola e de sua estrutura física, que permite a socialização e o convívio com outras crianças fora do círculo familiar”.
No âmbito comportamental, Karnal reforçou o papel do professor em sala de aula como um ser neutro e a capacidade de lidar com os diferentes perfis de alunos.
“Precisamos lembrar sempre que estamos lidando com crianças. Educar é um gesto político e não partidário. Independentemente de sua escolha política, religiosa ou esportiva, por exemplo, em sala de aula é importante permanecer neutro. Os alunos veem em nós, professores, uma referência e se espelham em nossas opiniões. Tenha seu candidato, seu time, sua religião, é seu direito, guarde em seu coração. É preciso ter em mente que os professores marcam a vida dos alunos mais que os conteúdos, seja de modo bom ou do ruim”, comentou.
Muitos alunos, famílias e professores sofrem atualmente de depressão e ansiedade. E, segundo Karnal, neste momento, é preciso ser paciente, lidar com as emoções e, sobretudo, não ignorar sinais importantes.
“Foram tempos difíceis e todos lidaram com isso de sua forma, por isso é necessário ser paciente e conhecer as diferenças. Não devemos nunca ignorar quando uma criança de 12 anos disser que não gostam dela. Não é apenas um problema educacional. É preciso perder o preconceito com isso. As doenças psicológicas não são escolhas, elas estão acontecendo em crianças e em pessoas que trabalham muito, como os professores”, observa Karnal.
Karnal encerrou sua participação exaltando o que ele chamou de “caos criativo” e como os educadores precisam modificar seus pensamentos e usar a tecnologia a favor a aprendizagem para gerar uma conexão com esse aluno do século XXI.
“A tecnologia permite uma pluralidade e é preciso estar alinhado com isso. Saber de cor é coisa antiga. Os alunos de hoje não são mais uma máquina de repetição. A educação não pode se basear mais na memória, apenas. Falar a língua deles e propor novas atividades envolvendo imagens e vídeos curtos, por exemplo, podem tornar mais efetivo o processo de aprendizagem. E, assim, vocês darão mais autonomia ao que eles aprendem. A pandemia nos mostrou que não há mais espaço no mercado de trabalho para aluno repetidor. Precisamos repensar nossos métodos para ter sucesso.”
Novo Ensino Médio, perspectivas e economia
O estande da Plataforma AZ também contou com a presença de Maria Helena Guimarães, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) que, junto à Sandro Bonás, CEO da Conexia Educação, comentou sobre o Novo Ensino Médio e o Novo Enem, que está previsto para ser aplicado a partir de 2024. Ainda neste assunto, Natalia Messina, gerente de produtos do AZ, falou sobre Itinerários Formativos, alta performance e deu dicas para os educadores colocarem em prática.
Na pauta economia, Chaim Zaher, presidente do Grupo SEB, recebeu o economista e jornalista Ricardo Amorim para um bate-papo que trouxe perspectivas importantes sobre como enfrentar esse momento de instabilidade econômica e manter a saúde das instituições financeiras.
Sobre as novas tendências esperadas para este ano, Rossieli Soares, ex-Ministro da Educação e ex-Secretário de Educação do Estado de São Paulo, falou sobre sua experiência na gestão da pandemia e a visão para o futuro.
Educação Socioemocional e Bilíngue
Dois grandes diferenciais que não podem mais ser secundários nas escolas, a Educação Socioemocional e a Bilíngue, também ganharam espaço nos talks gratuitos.
Para falar sobre as emoções e como lidar com elas, o estande recebeu a presença de Bernardinho, ex-jogador e técnico da seleção brasileira de vôlei, e a neurocientista Carla Tieppo. No mesmo dia, Amanda Oliveira, especialista do My Life Educação Socioemocional, falou sobre os jovens inquietos e ansiosos e como ajudá-los nesse momento.
Já a Educação Bilíngue foi abordada por Rita Ladeia, especialista no assunto que explicou como conquistar relevância para a escola perante os concorrentes e por Selma Almeida, especialista do High Five Bilingual Education, que trouxe perspectivas sobre o período da matrícula e como se destacar usando a educação bilíngue como diferencial.
Cases AZ: resultados reais
Mostrando na prática e na realidade como os alunos estão usando a tecnologia a favor da aprendizagem, os cases AZ ganharam destaque e serviram de inspiração para todos os educadores presentes. Participaram destes talks: Alessandro Luz, diretor Geral Escolas SEB, contando sobre a aprendizagem significativa nas escolas; André Cefali, diretor da Escola SEB Thathi, e Adriano Polido, coordenador na escola SEB Thathi, falando sobre a personalização da aprendizagem; além de Márvio Lima, diretor Geral Escolas SEB, e Felipe Sundin, diretor do Colégio AZ do Rio de Janeiro, contando como as avaliações diagnósticas e o AZ+ ajudaram na retenção de alunos.
Gamificação e personalização da aprendizagem
A gamificação deu à educação uma nova forma de personalizar os estudos para uma aprendizagem mais efetiva e divertida. Durante a programação de talks, estiveram presentes Monica Gandarez, da ubbu, e Sheldon Assis, especialista da Conexia Educação, que falaram sobre a aplicação do pensamento computacional nas escolas e o impacto para os alunos. Reginaldo Gotardo, da Educacross, encerrou a semana de palestras falando sobre como a plataforma usada na Educação Infantil e no Ensino Fundamental podem otimizar o aprendizado em Matemática, Português e Inglês.
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