A recuperação escolar é um recurso pedagógico utilizado pelas escolas para os alunos que não tiveram um desempenho de aprendizagem esperado no fim do ano letivo. Apesar de acontecer perto das provas finais, o recomendado é que esse processo seja colocado em ação meses antes. 

Vale ressaltar que o aluno que apresenta baixo rendimento escolar não é o único responsável pelo desempenho. Isso pode significar também que houve falhas, seja pela equipe pedagógica da escola ou pelo método de ensino-aprendizagem oferecido ao estudante. 

Dessa forma, a escola pode aproveitar o segundo semestre do ano letivo para colocar em prática ações que possam recuperar a aprendizagem do aluno, em vez de esperar o mês de dezembro para focar nas lacunas de aprendizagem. Neste post, veja o que a sua escola pode fazer. 

Como a escola pode ajudar os alunos no processo de recuperação escolar?

Identifique as dificuldades dos alunos

A recuperação escolar não se trata de abordar todos os conteúdos ministrados durante o ano letivo, pois esse momento é dedicado apenas para os assuntos importantes que não foram absorvidos pelo aluno. 

Para isso, é necessário identificar as principais lacunas de aprendizagem dos alunos por meio da avaliação diagnóstica. 

Esse instrumento pedagógico visa identificar em qual etapa da aprendizagem o aluno se encontra. Assim, é possível avaliar quais habilidades e conhecimentos ele ainda não absorveu na primeira metade do ano letivo. 

Com essas informações, a equipe pedagógica pode obter o panorama da situação escolar do aluno a tempo de realizar ações, caso seja necessário. Ademais, os conteúdos que serão essenciais para a próxima etapa educacional, mas que não foram absorvidos, devem ser priorizados.

Personalize o plano de recuperação escolar

Cada aluno aprende de uma forma diferente. Afinal, um aluno demonstrar ter um bom desempenho em determinada área do conhecimento não significa que esse estudante é, ou não, mais inteligente do que o colega. 

Na educação, inclusive, há o debate sobre a importância de abordar as inteligências múltiplas. 

Dessa forma, a equipe pedagógica pode elaborar um plano para recuperar a aprendizagem defasada, levando em conta as habilidades e necessidades de cada aluno antes das provas finais. Os recursos digitais podem facilitar a identificação das lacunas, bem como na elaboração dos conteúdos que serão abordados.

Além disso, a escola pode utilizar diversas metodologias de ensino-aprendizagem, com objetivo de ajudar na retenção do conteúdo e melhoria no desempenho. 

Um exemplo são os debates realizados em classe, que podem ajudar estudantes a rever o conteúdo e aprender mais sobre os temas.

Leia também: Entenda o que significa personalização do ensino e quais são as vantagens dessa metodologia

Ofereça aulas complementares no contraturno

O contraturno escolar é uma excelente oportunidade para oferecer ações extracurriculares de desenvolvimento dos alunos – especialmente aulas com foco na recuperação escolar. Ou seja, é possível promover aulas com foco nas lacunas de aprendizagem que os alunos precisam. 

A frequência das aulas será definida de acordo com as necessidades apresentadas pela turma. Além disso, a escola pode separar cada dia da semana para atender um grupo menor de alunos que apresentam as mesmas dificuldades de aprendizagem, e assim oferecer um ensino personalizado.  

Caso opte por oferecer reforço escolar no contraturno, a escola precisa definir qual será o esquema da equipe responsável pelas aulas no turno oposto. É possível designar um professor apenas para essa tarefa, ou colocar o mesmo docente para dar aulas nos dois turnos.

Caso a primeira opção seja escolhida, é necessário alinhar os conteúdos ministrados pelos dois professores. Ademais, se a escola decidir pela segunda opção, é fundamental montar um cronograma de aulas que não sobrecarregue o professor. 

Realize ações de acolhimento emocional

Com a chegada do segundo semestre do ano letivo, os alunos podem ficar apreensivos – especialmente se o estudante não teve um bom rendimento no início do ano. Para o 3°ano do Ensino Médio, esse período também é acompanhado pela pressão dos vestibulares e pela finalização dos estudos. 

Além disso, os alunos podem passar por problemas psicológicos que interferem no rendimento escolar. Vale reforçar que esses problemas muitas vezes passam despercebidos pela equipe pedagógica e pela família do estudante. 

Por isso, é fundamental que a escola ofereça ações de apoio emocional para os alunos. Entre elas, pode ser feita uma roda de conversa e palestras com psicopedagogo e outros profissionais que possam auxiliar o estudante. É importante que esse espaço transmita confiança e acolhimento.

Alguns alunos podem ter receio ou vergonha de falar sobre os sentimentos e emoções na frente dos colegas. Por isso, a escola pode manter, durante todo o ano letivo, uma equipe de profissionais voltadas apenas para ouvir as queixas relacionadas à saúde emocional dos estudantes. 

Convide a família a participar do processo

A família é parte essencial do processo de ensino-aprendizagem. Por isso, deve estar por dentro da recuperação escolar. 

Dessa forma, a escola precisa conversar com a família sobre o rendimento escolar nas primeiras etapas do ano letivo. A partir daí, a escola pode atuar em conjunto com a família para que o aluno recupere suas notas antes das provas finais. 

Isso porque algumas questões domésticas podem atrapalhar o rendimento acadêmico. Além disso, a família pode ajudar o aluno a estudar e tornar o processo de recuperação mais leve. 

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Faça acompanhamento de aprendizagem individual

Não basta traçar um plano de recuperação escolar: é preciso também acompanhar o desempenho do aluno. Essa atitude serve para avaliar a necessidade de possíveis alterações nas ações pedagógicas antes das provas finais. 

A escola pode aplicar avaliações antes e durante as ações de recuperação. Assim, será possível verificar quanto falta para o aluno alcançar o objetivo de aprendizagem esperado para o fim do ano letivo. 

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